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Paranoia
05:50
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Paranoia me ensina todo dia
Que não é só porque você vê que quer dizer que está lá
Consciência prega peças
Preces essas que prego em nome da minha sanidade, sobriedade eu não conheço mais
Não diga que não sou capaz,
Você não me conhece
Quem é você pra me dizer?
Você não me conhece
Na memória ventania dessas horas
Que sopram só coisas que eu lembro mas não sei se eu vivi
Que dilata minha pupila, me alucina
É o torpor que dá nó na cabeça pra não deixar a idéia cozinhar
Não diga que não sou capaz,
Você não me conhece
Quem é você pra me dizer?
Você não me conhece
Eu quero álcool, eu quero sangue,
Eu quero cor pra colorir minha visão tão preta e branca
Quero enxergar, quero sair
Eu quero dança, eu quero riso,
Eu quero as luzes de Paris
Eu quero as coisas mais bonitas que esse mundo já produziu
Quero perdão pela vaidade e o egoísmo que é ser feliz
Eu quero a fé dos doentes, dos moribundos – e resistir!
Pela incerteza do amanhã, a imprudência, o pueril
Quem sabe os vermes poupem a alma do corpo que tanto serviu
Não diga que não sou capaz,
Você não me conhece
Eu venho ao mundo todo dia:
Você só envelhece!
Você não me reconhece, você não me conhece!
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3. |
Me tira pra dançar
04:18
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Cê olha assim do outro lado, eu acho que gostei
Conto os minutos que você passa pra poder vir
Cê passa aqui bem do meu lado preu poder te ver
Vem cá, me puxa pela mão, eu não vou te impedir
Ah, me tira pra dançar
Ah, me tira pra dançar
Depois a gente conversa
Mas agora deixa pra lá
Ah, me tira pra dançar
Cê passa aqui, mas eu disfarço, finjo que não vi
Olho o relógio, tomo um gole, você já sorri
Cê passa aqui bem do meu lado pra poder me ver
Vem cá, me puxa pela mão, eu não vou te impedir
Ah, me tira pra dançar
Ah, me tira pra dançar
Depois a gente conversa
Mas agora deixa pra lá
Ah, me tira pra dançar
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4. |
Distúrbio Corote
03:04
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Meu bem, eu ouvi dizerem por aí algo sobre você
Coisa feia, eu sei, mas juro que estranhei
Logo que era sobre alguém que dizia estar tão bem
Boatos que correm que você discorre por aí suas mágoas a qualquer um
Boatos que correm você se socorre nos ombros dos amigos de bar
Logo você que diz que não perdeu
Ora, se isso não é perder, eu só tenho a agradecer
Por quase nunca ganhar.
- Pode gritar!
Mas as suas olheiras não negam que há tempos você perde o sono
Quando pensa em quanto tempo se perde pra encontrar alguém
Se é que há alguém, alguém pra curar
Será que ela vem? Será que era ela? Aquela cadela? Será que era o par?
Será, será, será que ela vai ligar?
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5. |
Carroça
04:36
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É quando aperto o meu violão
nesse peito pra dizer
O que eu não sei verbalizar
É quando aperto o meu coração
desse jeito pra dizer
O que eu não sei, e eu não sei...
... O que eu sou, onde eu vou,
por que eu sou assim
Mas o que eu sou e onde eu vou
só interessa a mim
Eu não caibo aqui
Ah, eu não caibo em mim:
sou pele, carne, osso e objeção
Não vou te ver
me impregnar de opinião!
Me refazer, ah, eu não vou deixar
maestrar reengenharia em mim
Oh, não! Faça melhor:
rasga o rascunho e as projeções.
Essa carroça não vai mais andar,
essa carroça não vai sair do lugar
O que eu sou, onde eu vou,
por que eu sou assim?
Mas o que eu sou e onde eu vou
só interessa a mim
Essa carroça não vai mais andar,
essa carroça não vai sair do lugar,
e quanto mais eu tento me explicar
mais eu queria estar bem longe daqui,
bem longe daqui,
bem longe daqui...
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6. |
La Cancionera
05:19
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É, eu sei,
você nunca foi bom em se permitir sentir
e até eu entendia bem.
Mas me ver jogada pelo chão, catando migalhas de afeto
não, não era certo, não
Pra me ver te buscar a qualquer custo
Não, não era justo, não
Agora você vai e faz o que quiser
Com outra mulher
É, eu vi você cruzar os braços e assistir
a maré do acaso conduzir ao fim.
Mas me ver jogada pelo chão
pra tentar te suprir, pra tentar adiar
pra não te odiar...
Pra me ver te buscar a qualquer custo
Não, não era justo, não
Agora você vai e faz o que quiser
Com outra mulher.
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7. |
Brado Apocalíptico
06:29
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Brado apocalíptico me diz: isso não tem final feliz.
Olha o desespero da atriz: isso não tem final feliz.
Afinal, quem vai saber se eu encenei ou vivi?
Todos sabem, o rei ta nu, só você não diz
A farsa é farta,
falta coragem pra você ver.
Você não entende, a atriz não mente: a atriz vive a ficção
Honestamente, a atriz sente a hipotética emoção
Você não entende que a verdade é uma questão de opinião
Você não entende que ser valente é uma questão de atuação
Brado apocalíptico me diz: isso não tem final
Olha o desespero da atriz: isso não tem final
Descobri o problema e a matriz: isso não tem final
Ouça o mensageiro quando diz...
Isso não tem final feliz.
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8. |
A Maquinaria
05:21
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A Maquinaria começou a rodar
A Maquinaria começou a rodar
E não vai parar pra esperar ninguém
Abre passagem que ela vem a mais de cem
Quando ela te trouxe ela era um anjo
de tão doce, os teus pulmões virgens foi ela quem primeiro inflou
Quando despedida, já bem longe
Ela te fez sinal, você não viu, ela quis te avisar
Que o ar que ela te dá, ela te tira
ela entra dando vida e sai roubando mais
O ar que ela te dá você expira
ele entra dando vida e sai roubando mais
A Maquinaria começou a voltar
A Maquinaria começou a voltar
E não vai parar pra esperar ninguém
Abre passagem, nada a detém
Ela roubou os teus sonhos tua graça
Fez disso uma fumaça tão espessa, te inebriou
Ela passou e fez questão de incomodar
Com seu trote infernal,
É um trote infernal, infernal, infernal
A Maquinaria começou a matar,
A Maquinaria começou a matar.
A Maquinaria, tal qual uma cavalaria, vai passando por cima
Arrancando os teus dias
Pôs-se em trilhos e não vai mais desandar
Com seu trote infernal,
É um trote infernal, infernal, infernal.
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